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terça-feira, 27 de junho de 2023

AJUDE SEU FILHO A SE LIVRAR DESSE VÍCIO

 



Você sabia que o uso excessivo de telas pode trazer sérios prejuízos para a saúde física e mental das crianças e adolescentes? Neste artigo, vamos explicar quais são os riscos da exposição prolongada a celulares, TVs e computadores, e como você pode ajudar seu filho a controlar esse hábito.


Quais são os riscos da exposição excessiva a telas?


De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), alguns dos principais impactos incluem:


- Problemas de sono: O uso de telas até duas horas antes de dormir afeta a qualidade do sono das crianças e adolescentes. Isso porque a luz dos dispositivos interfere nos ritmos circadianos do nosso corpo, que regulam o ciclo de sono e vigília. Além disso, o tempo de tela pode substituir o tempo gasto com exercícios, que são benéficos para o sono.


- Problemas de visão: O excesso de telas pode levar a problemas de visão, como fadiga ocular, síndrome visual do computador e miopia, por exemplo. Isso acontece porque os olhos ficam expostos a uma fonte de luz muito próxima e intensa, que exige um esforço maior para focar e acompanhar as imagens.


- Problemas de saúde mental: O uso abusivo dos eletrônicos pode aumentar o risco de ansiedade, depressão, irritabilidade e outros problemas de saúde mental. Isso se deve ao fato de que as telas dessensibilizam o sistema de recompensa do cérebro, que é responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Além disso, as telas podem reduzir o tempo de interação social e afetiva com outras pessoas, que são essenciais para o desenvolvimento emocional.


- Problemas de desenvolvimento: Passar muito tempo diante de uma tela afeta o desenvolvimento cerebral e cognitivo das crianças e adolescentes. Isso pode prejudicar a atenção, a concentração, a memória, a linguagem, a comunicação, a sociabilização e o aprendizado. As crianças pequenas, especialmente abaixo de 2 anos, precisam de estímulos sensoriais e motores para desenvolver suas habilidades cerebrais e corporais. Quando esses estímulos são substituídos pelas telas, ocorrem atrasos e dificuldades no neurodesenvolvimento.


Como ajudar seu filho a controlar a exposição às telas?



Diante desses riscos, é importante que os pais estejam atentos ao tempo e à qualidade do uso das telas pelos seus filhos. Segundo a SBP, o ideal é que as crianças abaixo de 2 anos não tenham contato com as telas; as crianças entre 2 e 5 anos tenham no máximo uma hora por dia; e as crianças acima de 6 anos tenham no máximo duas horas por dia.


Além disso, é fundamental que os pais orientem seus filhos sobre os conteúdos acessados nas telas, evitando aqueles que sejam violentos, impróprios ou falsos. Também é importante que os pais estimulem seus filhos a realizarem outras atividades lúdicas, educativas e sociais fora das telas, como brincar, ler, desenhar, praticar esportes e conversar.


A seguir, veja algumas dicas práticas para ajudar seu filho a se livrar do vício das telas:


1 - Estabeleça regras claras e consistentes sobre o uso das telas em casa. Por exemplo: definir horários específicos para ligar e desligar os aparelhos; proibir o uso das telas durante as refeições ou na hora de dormir; limitar o número de dispositivos disponíveis; criar zonas livres de telas em alguns cômodos da casa.


2 - Seja um bom exemplo para seu filho. Evite usar as telas de forma excessiva ou inadequada na frente dele. Mostre que você também tem outros interesses e hobbies além das telas. Participe das atividades que seu filho faz fora das telas, demonstrando interesse e apoio.


3 - Ofereça alternativas atrativas e divertidas para seu filho. Procure conhecer os gostos e as preferências do seu filho, e sugira atividades que sejam compatíveis com sua idade e personalidade. Por exemplo: jogos de tabuleiro, quebra-cabeças, livros, revistas, instrumentos musicais, brinquedos educativos, etc.


4 - Incentive seu filho a interagir com outras pessoas. Promova momentos de convivência familiar e social, como passeios, visitas, festas, piqueniques, etc. Convide os amigos do seu filho para brincarem em casa, e ofereça brincadeiras que não envolvam as telas. Ensine seu filho a valorizar as relações humanas e a desenvolver habilidades sociais.


5 - Acompanhe o desempenho escolar do seu filho. Verifique se o uso das telas está interferindo no rendimento escolar do seu filho, e converse com ele sobre a importância dos estudos. Ajude-o a organizar sua rotina de tarefas escolares, e reserve um tempo para auxiliá-lo nas dificuldades. Elogie seus esforços e conquistas.


6 - Cuide da saúde física e mental do seu filho. Observe se o uso das telas está causando algum problema de saúde no seu filho, como dor de cabeça, cansaço, irritação, tristeza, etc. Leve-o ao pediatra regularmente, e siga as orientações médicas. Garanta que seu filho tenha uma alimentação saudável, uma boa higiene e um sono adequado.


7 - Busque ajuda profissional se necessário. Se você perceber que seu filho está viciado nas telas, e que isso está afetando sua vida de forma negativa, procure um psicólogo ou um psiquiatra especializado em dependência tecnológica. Esses profissionais podem avaliar o caso do seu filho e oferecer um tratamento adequado.


Conclusão

As telas fazem parte da nossa sociedade e podem trazer benefícios para a educação, a informação e o entretenimento das crianças e adolescentes. No entanto, o uso excessivo e inadequado das telas pode trazer sérios prejuízos para a saúde física e mental dos nossos filhos.


Por isso, é fundamental que os pais estejam atentos e conscientes do tempo e da qualidade do uso das telas pelos seus filhos. É preciso estabelecer limites e orientações para que as telas sejam usadas de forma equilibrada e saudável. Além disso, é preciso estimular os filhos a realizarem outras atividades fora das telas, que contribuam para o seu desenvolvimento integral.


Lembre-se: você é o principal responsável pela educação e pelo bem-estar do seu filho. Ajude-o a se livrar desse vício e a usar a tecnologia com moderação para evitar os danos causados pelo excesso!





Referências

Excesso de telas: veja o impacto nas crianças e 7 recomendações - https://blog.allcare.com.br/impacto-do-excesso-de-telas-nas-criancas/


Como o uso excessivo das telas afeta o cérebro - https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2023/02/como-o-uso-excessivo-das-telas-afeta-o-cerebro


Uso de telas por crianças e adolescentes: quais os riscos e limites? - https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/hospital-pequeno-principe/pequeno-principe-um-hospital-completo/noticia/2021/11/05/infancia-saudavel-uso-de-telas-por-criancas-e-adolescentes-quais-os-riscos-e-limites.ghtml


Exposição excessiva a telas aumenta riscos de problemas oculares em crianças e adultos - https://exame.com/ciencia/exposicao-excessiva-a-telas-aumenta-riscos-de-problemas-oculares-em-criancas-e-adultos/



quinta-feira, 10 de setembro de 2015

ESTUDO MOSTRA IMPACTO DO CONTROLE DOS PAIS SOBRE SEUS FILHOS


Um estudo conduzido por uma equipe de pesquisadores da Universidade College London, no Reino Unido, levou ao que eles dizem ser uma correlação entre o comportamento controlador dos pais e problemas emocionais de bem-estar para a criança mais tarde na vida. Em seu artigo publicado no “Journal of Positive Psychology”, a equipe descreve a natureza do seu estudo e suas conclusões sobre o que os voluntários relataram.

A maioria das pessoas provavelmente acredita que crianças criadas em lares felizes e amorosos tendem a se tornar, em sua maior parte, razoavelmente bem quando adultos – é o senso comum. O que os cientistas da Grã-Bretanha acreditam ter descoberto é a prova de que tal senso comum é, na verdade, bastante preciso.

Os resultados são parte de um estudo de longo prazo que vem acontecendo no país desde 1946, quando 5.362 pessoas foram inicialmente incluídas na Pesquisa Nacional de Saúde e Desenvolvimento, destinada a identificar problemas de saúde ao longo da vida. Nela, os voluntários são contactados periodicamente e convidados a participar de pesquisas ou exames médicos. Neste mais recente estudo, os participantes responderam um relatório com 25 perguntas que focava, em parte, na relação entre eles e seus pais, do nascimento até os 16 anos de idade.

Analisando os resultados, os estudiosos relatam que os pais que foram considerados controladores por seus descendentes produziram filhos que hoje avaliam ter menor bem-estar mental e são menos felizes do que pessoas criadas por pais menos controladores, que ofereceram maior apoio emocional.

Educação infantil com menos controle, mais diálogo

O comportamento controlador, explicam os pesquisadores, é aquele que não permite que as crianças tomem suas próprias decisões, não os deixa pensar por conta própria ou ter suas próprias opiniões, invade sua privacidade, ou promove a dependência dos pais.
Particularmente digno de nota, os pesquisadores descobriram que o impacto era mais profundo nos voluntários da faixa etária de 60 a 64 anos, sendo tão forte que os cientistas chegaram a compará-lo à morte de alguém próximo.

Em contrapartida, os voluntários que acreditavam que seus pais não eram controladores relataram maior satisfação com a vida e sentimentos de bom bem-estar mental. Os autores do artigo apontam que isto concorda com estudos anteriores, que mostraram que crianças criadas por esses pais tendem a crescer e se tornar melhor em construir e manter relacionamentos saudáveis ​​com outras pessoas.